Os Cães da Ficção – Segunda Parte

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Aqui em casa já tivemos a Princesa 1 e Princesa 2 e a Diana uma Dálmata que eu gostava muito bonita.  Por último tivemos a Suzie que infelizmente já estava velhinha e morreu. Contando foram 14 anos para nós e se for verdade sua idade real era 98 anos, pois a cada um nosso dizem que são 7 anos para um cão.

Eu sempre adorei cachorro são bastante fiéis e quando gostam de seu dono é de verdade mesmo. Uma sinceridade das mais raras de encontrarmos, dizem que o cérebro canino é igual ao de uma criança de 5 anos.

Se isto é verdade eu não sei, mas este animal faz a felicidade de milhares de pessoas ao redor do mundo. Seja criança, adolescente, adulto ou idoso todos nós temos uma história pra contar.

E aqui estão  outros  cães da ficção que conheci ao longo dos anos. Tenha uma boa viajem.

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Kripto

O Supercão surgiu na época em que o Superboy era muito famoso. Criado por Curt Swan e Otto Binder sua primeira aparição foi no gibi Adventure Comics #210, em 1955.

No período Pré-Crise (láááá nos anos 80), Krypto era o cão da família El, em Krypton. Dizem as lendas que antes de enviar seu bebê, Jor-El mandou o cão numa nave como teste.

Porém um desvio na rota trouxe a espaçonave pra cá apenas quando Clrak era um adolescente. Sob os raios do nosso sol, Krypto tem os mesmos poderes que qualquer outro kriptoniano.

Obviamente seus sentidos por exemplo olfato e audição são mais aguçados pelo fato de ser um cão (dãããã, novidade!!!).

Nas primeiras aventuras o cão era muito travesso fugindo pro espaço e surgindo apenas de vez em quando.

Na passagem do artista John Byrne pelo gibi do Azulão, Krypto foi eliminado de suas aventuras. Só que no Mundo Compacto, algo que o artista fez pra zonear mais nossa mente havia uma versão do cachorro.

Infelizmente essa versão havia sido exposta a kriptonita dourada, um tipo letal pros kriptonianos, porque retira totalmente seus poderes. Ele morreu no momento em que Zod, Quex-Ul e Zaora destruíram todo Mundo Compacto.

Só pra constar nos anos 90 Bibbo Bibbowski salvou um cãozinho que iria morrer afogado e o batizou de Krypto (depois o animal ficou com Kon-El).

Houveram duas série animadas com a participação do Supercão. A primeira e mais antiga foi em meados dos anos 60. The Adventures of Superboy fazia parte do segmento New Adventures of Superman da Filmation.

Além da pequena e pacata cidade de Pequenópolis ainda havia os pais de Clark e sua amiga Lana Lang (geralmente, Krypto o ajudava durante alguma missão).

A segunda série animada é Krypto, o Supercão aonde temos toda sua origem sendo recontada. Porém ao chegar na Terra quem o adota é o menino Kevin Whitney que consegue entender a linguagem dos animais (usando um tradutor universal).

Além da Legião de Super Heróis Caninos que formam um tipo de Liga da Justiça. Temos vários animais que também participam do desenho que são: Rajado, o Supergato, Ace, o Batcão, Ignatius, a iguana do Lex Luthor entre outros.

Como não poderia deixar de ser temos o vilão Mecanicat, um gato bobão que tenta dar uma de mau. Mais o pior de todos é seu assistente que tem pinta de fofinho, porém é ruim de dar dó. É um ótimo desenho e muito divertido (e o Azulão aparece poucas vezes).

Só pra constar, no seriado Smallville homenagearam o Supercão. Foi no episódio “Krypto”, exibido na quarta temporada, Shelby (raça Golden retrevier) sofreu experimentos na LuthorCorp que lhe deram inteligência e superforça.

E na animação Superman/Batman: Apocalypse a heroína Supergirl é inserida no universo animado da editora. Kal descobre que Kara é sua parente, porém Bruce age muito desconfiado.

Lembro que na Fortaleza da Solidão há um momento no qual Krypto avança na menina e depois a situação fica ainda pior, porque Darkseid a sequestra é uma animação excelente repleta de cenas empolgantes.

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Mini Polegar e Yogui – Mighty Man and Yukk

Neste desenho tinhamos um playboy milionário como todo típico super-herói, mas havia duas coisas diferentes. A primeira era que Brandon Brewster transformava-se num Superman miniatura e a segunda era seu ajudante o desastrado cão Yogui.

Yogui tinha uma casinha na cabeça e sempre atrapalhava o Mini Polegar em suas missões. Mais toda vez que estavam em apuros ou no maior sufoco Mini Polegar pedia para Yogui retirar a casinha de sua cabeça.

Quando as pessoas viam a feição do animal ficavam atônitas, malucas, lerdas e com sérios problemas mentais. Era muito engraçado e divertido, pois o cenário sempre desmontava como prédios caindo ou a Lua quebrando.

A parte mais interessante desta feiura de Yogui é que seu rosto nunca foi revelado pra nós telespectadores e aí consiste o mistério em saber, porquê ele era tão feio assim?

Eu me divertia muito assistindo este desenho.

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Jonny Quest

É inesquecível a abertura deste desenho em clima de aventura e ficção científica. Jonny é filho do Dr. Quest um renomado cientista que cria diversas coisas e justamente por causa disso é perseguido por inimigos que querem se apoderar de seus inventos.

Mais o Dr. Quest têm um grande amigo e guarda-costas chamado Race Bannon que sempre ajuda a família quando necessário. Race pilotava aviões, dirigia carros, atirava e lutava muito bem. Além de tirar das confusões Jonny e Hadji. O que eu sempre ficava me perguntando era porque Race tinha cabelo branco e não era velho?

A série animada tinha altas doses de espionagem, aventura, ação e bom humor. Jonny Quest contava com bons cenários e um tipo mais realista totalmente diferente dos desenhos anteriores da Hanna-Barbera.

Hadji é o filho adotivo do Dr. Quest lembro que tinha um turbante na cabeça e fazia algumas mágicas como levitação e fazia até objetos desaparecer. Eu gostava do Hadji, porque era um personagem no qual eu me identificava por causa da cor.

Não posso esquecer que ainda temos o simpático cachorrinho Bandit, um pequeno buldog que pertencia a Jonny participando das aventuras aonde se metia em confusão. Bandit arranjava briga com outros animais mais nunca conseguia levar nada adiante, pois sempre saia correndo ou levava a pior.

Jonny Quest é uma desenho marcante demais em minha infância e depois houve mais duas versões em uma temos o acréscimo do personagem Petrônius, um gigante ser de pedra fortíssimo.

Petrônius era do mundo subterrâneo e juntou-se nas missões do grupo ajudando Race em diversas ocasiões. E  na terceira versão temos a inclusão de Jessie Bannon, filha de Race nesta versão temos imagens geradas por computador no QuestWorld uma terceira dimensão do ciberespaço. Tanto Jonny quanto Hadji e Jessie são adolescentes dando uma continuidade nas aventuras clássicas sob uma outra perspectiva.

Confesso que gostei mais da segunda versão do que da terceira mais vale a pena porque é Jonny Quest e isso por si só  já é muito bom.

Só pra fechar houve um boato na web que Robert Rodriguez iria dirigir um filme em live action de Jonny Quest. Como não houveram mais notícias suponho que o projeto naufragou.

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A Dama e o Vagabundo – Lady and the Tramp

Na história Lady vivia com seus donos um casal recém casado sendo muito bem tratada e cuidada. Até que a esposa ficou grávida e teve um neném, então parecia que sua vida iria mudar drasticamente dali por diante.

Nesse meio tempo a beleza de Lady era famosa entre os cães da região e o Vagabundo sempre tentava impressionar a cadelinha, mas ela não dava a mínima por ele ser da rua. O Vagabundo era um tipo de vira-lata brincalhão, alegre e de bom coração que vivia pelas ruas.

Com o nascimento do recém-nascido chega na casa a Tia Sarah com seus dois gatos Si e Ão aprontando situações terríveis que Lady acaba levando a culpa. Tia Sarah bota a cadela numa focinheira e Lady foge desesperada pela rua, mas alguns cães vadios se preparavam para ataca-la. E eis que surge o Vagabundo vindo corajosamente salva-la.

Esta bela história de amor canina é uma das minhas lembranças mais saudosas quando era criança, pois a cena inesquecível é quando a Lady e o Vagabundo comem espaguete ao som de música italiana e acabam se beijando  ao comerem ao mesmo tempo um fio de macarrão. Sempre que era dia dos namorados eram veiculados alguns clipes de casais famosos da Disney e esta cena clássica era mostrada.

Isto me lembrou também um filme com uma história ligeiramente parecida que eu gostava muito de ver A Princesa e o Pebleu (Roman Holiday).

No longa a Princesa Ann (Audrey Hepburn) ia visitar Roma e resolveu passear anonimamente para que ninguém a reconhecesse, mas nesse meio tempo acaba conhecendo um repórter que estava em sua cola.

Joe Bradley (Gregory Peck) que queria um furo jornalístico para melhorar sua carreira ao entrevistar a Princesa, porém ao conhece-la melhor acaba desistindo da ideia para preservar a privacidade de Ann. Este  filme é uma daquelas preciosidades que quem vê nunca mais esquece por ser bom demais.

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 João Grandão – The Great Grape Ape Show

É um gorila roxo gigantesco que têm como amigo um simpático cão beagle, chamado Espirro.

Espirro usa chapéu e geralmente funciona como cérebro da dupla, porque é dele que surgem as ideias para resolver as situações que ocorrem com a dupla.

Joao Grandão e Espirro se locomovem num carro que parece estar adaptado para suportar o peso do gorila. Mais se não tiver também isso não têm importância nenhuma, pois o melhor é assistir suas divertidas confusões.

Há anos não vejo este desenho e agora me recordo dele com saudade.

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101 Dálmatas – 101 Dalmatians

Disney sempre trabalhou detalhadamente em suas animações obtendo cenas maravilhosas e impressionantes através dos anos e neste desenho não poderia ser diferente, pois logo na abertura temos uma incursão temática com as pintas dos cães unida ao belíssimo som de jazz.

Bom, uma cena maravilhosa neste desenho é quando Pongo avalia uma nova namorada para seu dono Roger aonde os cães e seus donos demonstram personalidades idênticas e logo depois o esperto animal envolve em sua coleira Roger e Anita que acabam desenvolvendo um relacionamento. Anita também tem uma cadela dálmata chamada Prenda, então Pongo e Prenda também uniram-se.

Depois de algum tempo Prenda deu a luz 15 filhotinhos e Cruela Cruel surge na intenção de comprar os animais para “cuidar” deles. Acho que 101 Dálmatas ficou mais marcado na história das animações por conta de sua nefasta e terrível vilã Cruela Cruel.

Algo que não consigo esquecer é a cena aonde Pongo e Prenda passam a notícia que seus filhotes foram raptados, pois todos os cães da cidade até ao campo ficam sabendo deste acontecimento.

E se prestarmos atenção na realidade acontece o mesmo, pois quando um cão late vários outros latem também. É um fato curioso que acho que fizeram de propósito na animação. Bom, além d Prenda e Pongo há outros animais que merecem destaque  como o Coronel, Sgt. Tibbs e Capitão que desenvolvem importantes funções na trama.

Mais eu não poderia deixar de falar dos ajudantes de Cruela Gaspar e Horácio que são muito engraçados e atrapalhados causando muita confusão. A melhor parte em 101 Dálmatas é que uma daquelas animações tradicionais da Disney pré era do computador aonde tudo era feito á mão num belo e marcante trabalho.

A adaptação cinematográfica com Glenn Close no papel da vilã ficou boa lembrando demais a animação clássica.

Fim da segunda parte e relembre do texto anterior aqui.