King Kong – Segunda Parte

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Neste texto vou deixar de fora o desenho animado do gorila gigante lançado pela Rankin/Bass, em 1966. Porque já havia escrito sobre ele num outro post.

Chega de enrolação e vamos ao que interessa

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King Kong Comics – 1960

Em 1965, uma empresa de quadrinhos mexicana chamada Editorial Orizaba publicou uma série baseada em King Kong. Essa edições apresentavam capa colorida e miolo em preto e branco (esse gibi apresentou 185 edições).

Em 1972, a revista foi reimpressa pela empresa Ediciones Joma, mas somente 118 edições saíram.

Depois, a Editorial América publicou King Kong in the Microcosmos, em 1979 (durando apenas 35 edições).

Porém ao longo das décadas várias editoras publicaram aventuras do gorila gigante entre as quais foram: Valiant Comics (1964), Gold Key Comics (1968), Monster Comics (1991), Dark Horse Comics (2005), Boom! Studios! (2016), Altus Press (2016), Legendary Comics (2017) e também diversas outras empresa menores.

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 A Fuga de King Kong – King Kong Escapes – 1967

Mais uma produção em parceria da empresa Toho (japonesa) com a Universal Studios (americana).

Kingukongu no gyakushu foi dirigido por Ishiro Honda e teve efeitos especiais do lendário Eiji Tsuburaya.

Um gênio maligno chamado de Doctor Who (Hideyo Amamoto) seu nome não tinha nada haver com o seriado inglês homônimo. Ele criou, uma versão robótica de King Kong. A intenção era que escavasse o Elemento X que era bastante radioativo encontrado somente no Pólo Norte.

O Mechani-Kong escavou uma geleira, no entanto a radiação acabou com seus circuitos. Então sua colaboradora e financiadora Madame Piranha (Mie Hama) sugere que capturem o gorila original.

Enquanto isso, um submarino comandado por Carl Nelson (Rhodes Reason) chega na Ilha Mondo (onde mora Kong). Durante a expedição o gorila enfrenta alguns dinossauros e acaba se apaixonando pela tenente Susan Watson (Linda Jo Miller) essa situações lembram a versão clássica, de 1933.

Então, Doctor Who sequestra Kong levando-o hipnotizado ao Pólo Norte e pasmem pra controlar o gigante usa um fone de ouvido via rádio.

Depois Kong escapa e nada pro Japão e obviamente o clímax é a luta contra Mechani-Kong na Torre  de Tóquio.

A Fuga de King Kong é um dos piores filmes já feitos na filmografia do personagem, pois devido ao baixíssimo orçamento os “efeitos especiais” estão deprimentes de tão fracos.

Sinceramente é perda de tempo assisti-lo, veja apenas se você adora um filme trash.

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 King Kong – 1976

É o primeiro remake feito da versão original, foi produzido pelo famoso Dino de Laurentis e teve direção de John Guillermin.

Desta vez, Fred Wilson (Charles Grodin), um executivo da Petrox Oil Company, forma uma expedição baseada em imagens infravermelhas numa ilha do Oceno Pacífico (que era desconhecida já que estava escondida por nuvens).

Wilson acredita que uma vasta quantidade de petróleo inexplorado no local e deseja garantir essa fortuna pra sua empresa.

A bordo clandestinamente está Jack Prescott (Jeff Bridges), um paleontólogo de primatas que declara que a ilha pode ser bastante perigosa. Prescott e Wilson antagonizam e o pesquisador fica preso até segunda ordem.

Então, Prescott vê um bote salva-vidas que traz Dawn (Jessica Lange) que estava desacordada. Devido a sua formação médica afirma que pode ajudar a moça. E acaba descobrindo que Dawn é uma aspirante a atriz que estava num iate que infelizmente explodiu.

Desta parte em diante há elementos que se assemelham com a versão clássica, pois na ilha está a tribo selvagem que sequestra Dawn oferecendo-a como tributo ao gorila gigante.

A cena final em Nova York não mostra o Empire State, pois foi trocada pelo World Trade Center.

Não vou ficar me estendendo muito, mas pra mim essa foi a melhor versão de Kong até aquele momento. Obviamente há algumas divergências quanto a versão original, mas isso nem chega a atrapalhar tanto assim.

É interessante notar que há um desenrolar maior nas cenas de convívio entre Dawn e Kong (e isso torna o sentimento mais pessoal entre eles).

Fato é que Jessica Lange ganhou  um Globo de Ouro de Melhor Nova Estrela. E também Globo de Ouro de melhor revelação feminina.

Não há como negar, pois se trata de uma superprodução caprichada com ótimos efeitos especiais e uma performance intimista de Kong, pois quando seu rosto ficava em close víamos o ator Rick Baker vestido como gorila.

Só pra constar, o filme ganhou o Oscar de efeitos especiais, foi indicado nas categorias de melhor som e melhor fotografia. Ganhou um prêmio especial em 1977 e neste mesmo ano ainda foi indicado ao BAFTA (categoria de melhor desenho de produção).

King Kong II
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1986
real : John Guillermin
COLLECTION CHRISTOPHEL

King Kong Vive! King Kong Lives! – 1986

Também conhecido como King Kong 2, foi dirigido por John Guillermin,  produzido por Dino de Laurentis e apesar dos 10 anos de diferença é uma continuação direta da versão anterior.

Desta vez, a trama continua exatamente no final de seu antecessor, pois apesar da enorme queda do WTC, Kong ainda estava vivo. Ele estava em coma sendo tratado no Instituto de Atlanta pela cirurgiã, Dra. Amy Franklin (Linda Hamilton).

A intenção é realizar um tranplante de coração sendo implantado um orgão mecânico, porém o problema é a transfusão de sangue (já que precisam de outro animal que tenha o mesmo tipo dele).

Então, o aventureiro Hank Mitchell (Brian Kerwin) viaja para Bornéu aonde se estima aconteceu a história do longa anterior e consegue capturar uma gorila fêmea gigante (Lady Kong).

A operação e o transplante ocorrem com sucesso, no entanto Kong foge junto com sua amada.

Pra deter a ameaça o tenente-coronel do exército  (John Ashton) caça os gorilas em fuga com a missão de capturá-los (e caso resistam exterminá-los).

Mais a Dra. Franklin e Hank se unem pra evitar que uma catástrofe possa acontecer.

Bom, decidiram realizar esse filme, pois achava-se as pessoas haviam esquecido do King Kong (e seria bem melhor que não tivessem realizado essa versão).

Os efeitos especiais são toscos, dá pra notar que os gorilas são pessoas vestidas, a história é muito sem graça, as atuações estão fraquíssimas e pra piorar há uma violência demasiada e totalmente desnecessária.

Pra mim chega a ser a pior versão de todas que fizeram (é pura perda de tempo assisti-lo).

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Donkey Kong – 1981

Criado por Shigeru Miyamoto o famoso jogo da Super Nintendo é bastante popular e ao longo dos anos já ganhou várias versões.

Na época que o jogo original surgiu pela primeira vez, Mario conhecido naquela época pelo nome “Jumpman”.

Donkey Kong sequestrava uma mulher chamada Pauline tornado-se inimigo do Jumpman que precisava desviar de vários barris até chegar no seu adversário pra derrota-lo.

Dizem as lendas que seria lançado um jogo do Popeye, mas o projeto teve algum problema. Então pra reaproveitar as imagens do marinheiro e Brutus foram substituídas pelos personagens Donkey e Mario tornando-o famoso mundialmente.

Continuando, em 1982 a  Universal Studios processou a Nintendo alegando que Donkey Kong era um plágio de King Kong. O problema é que a empresa não sabia que King Kong havia entrado pra domínio público.

E isso foi considerado um dos grandes vacilos da história dos videogames.

Lembrei que no filme Pixels há uma homenagem pra diversos jogos populares dos anos 80 incluindo Pacman, Galaga, Space Invaders, Tetris, Centipede, Donkey Kong entre vários outros.

Fim da segunda parte e reveja aqui o texto anterior.