O Poderoso Thor – A Saga de Surtur

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É considerada uma das melhores histórias do deus nórdico de todos os tempos.

A Saga de Surtur foi inicialmente publicada numa minissérie em 6 partes pela editora Abril entre 1988 e 1989.

Anos depois teve relançamento na edição Os Maiores Clássicos do Poderoso Thor vol. 2 (2007).

A história tem argumento e arte de Walter Simonson que conseguiu consolidar um momento épico e definitivamente marcante quando esteve trabalhando com o Deus do Trovão.

Na trama há muitos e muitos milênios atrás Surtur havia forjado a Espada do Crespúsculo. Quando inflamasse a espada na pira mística da Eterna Destruição liberaria um poder incalculável capaz de destruir todos os Nove Reinos (e também aniquilar o universo inteiro).

Na aurora da raça humana três corajosos deuses asgardianos Vili, Ve e Odin viajaram até ao Reino de Fogo para deter Surtur. Durante uma luta que pareceu estender-se por  séculos, Surtur foi impedido de realizar seus planos maléficos.

Mais a vitória dos deuses foi somente com o desprendimento de Vili e Ve irmãos de Odin que se sacrificaram em prol da paz. No entanto após milhares e milhares de anos a ameaça de Surtur paira não só sobre Asgard, mas também sobre todo universo.

Nessa época Thor usava a identidade civil de Sigurd Jarlson e Lorelei, irmã mais nova de Encantor estava disfarçada de Melodi (namorada do herói).

Na primeira edição temos a introdução do passado de Odin como perdeu seus irmãos e conseguiu através da morte deles um poder inimaginável. Devido ao retorno do anjo caído, seu maior inimigo, Odin convoca todos os deuses pra ajudarem na batalha que está prestes a acontecer.

Pra reforçar sua fileiras temos a presença de Bill Raio Beta e Lady Sif que nesse período era companheira do carbonita.

Na segunda edição Thor, Bill, Os Três Guerreiros (Frandal, Volstagg e Hogun) unem-se as demais combatentes por sobre a Ponte do Arco-Íris rumando pra Midgard.

Enquanto isso na cidade dourada, Odin mandou Frigga com as crianças pra se esconderem. Deixando com Balder a missão de procurar Karnilla pra convence-la a se unir na batalha que virá. Mesmo receoso o guerreiro cumpre as ordens de seu rei.

A rainha afirma que só entrará com suas tropas na batalha se Balder tornar-se seu amante.

Na Terra, Nova York estava sendo invadida pelos Filhos de Muspell causando destruição e morte por onde passavam. Logo, Thor surge atacando os demônios e também vemos alguns Vingadores: Feiticeira Escarlate, Starfox, Mulher-Hulk, Hércules, Capitã Marvel e Vespa ajudando a combater o inimigo.

Quando a situação não ia bem surgem as tropas asgardianas e a batalha se intensifica.

De repente o próprio Surtur aparece pra lutar, porém deixa tudo rumando pra Asgard (na verdade nem era ele sendo apenas um simulacro ardente). Assim que o Loirão percebe o engodo já é tarde, pois Surtur já estava invadindo Asgard.

Na terceira parte estamos na Bifrost, Heimdall tenta deter Surtur, mas fracassa e o monstro destrói a Ponte do Arco-Íris (antes disso o herói já havia retornado). Em nosso planeta, Bill Raio Beta comanda as tropas numa tentativa de destruir o portal que os demônios surgem.

De volta ao Reino Dourado mesmo Thor usando todo seu poder pra confrontar Surtur não consegue efeito nenhum (caindo desacordado). Então, Odin surge pra detê-lo e a batalha entre eles é épica de tão grandiosa.

Na Inglaterra, o Tocha Humana e Roger Willis, amigo do Thor vão atrás da Caixa dos Invernos Antigos pra reconstruí-la e salvar nosso planeta de morrer congelado (sendo prontamente atacados por seres de fogos).

Através de um exímio plano de ataque Bill consegue chegar até ao portal que envia seus inimigos e o Senhor Fantástico o auxilia.

Em Asgard, Odin reune toda sua energia cósmica pra derrubar o vilão, mas Surtur também convoca o poder do gelo pra ataca-lo.

Na quarta parte, as tropas asgardianas vão pro deserto do Saara se deparando com milhares de inimigos. No Reino Dourado, Surtur aprisiona Odin numa esfera de gelo e consegue por sua espada na pira mística.

Loki intervém no momento derradeiro, mas não consegue muito. No entanto Willis consegue reunir os fragmentos da caixa. Fato que ajuda Odin a ser liberto e na sua companhia estão Thor e Loki.

No deserto graças a chegada das tropas da Rainha Karnilla a ameaça dos demônios é contida.

Surtur que estava quase vencendo sente a mudança de imediato, porém a sua derrota tem um preço alto demais (algo que não vou contar pra não estragar a surpresa de quem irá ler, ok).

Na quinta edição, com a invasão terminada os guerreiros asgardianos estão presos em Midgard, pois a Bifrost foi quebrada por Surtur.

Bill Raio Beta e Sif vão pras lojas tentarem usufurir uma vida “normal” durante o tempo que ficarão na Terra.

Hela, a Deusa da Morte surge em Asgard pra reclamar seu direito só que Thor a faz fugir rapidamente. Mesmo a distância ela controla os passos do trovejante e faz cair uma avalanche sobre o herói.

Na conclusão, o Loirinho é salvo indo parar na morada de um gigante. Tiwaz é intrigante cheio de histórias e mistérios. Mais não sei por qual motivo sempre convida Thor pra lutar antes de comer.

O trovejante se restabelece e seu sentimento de proteção por Midgard é renovado devido as conversas que teve com Tiwaz (que na verdade revela ser bisavô dele quando estava sozinho).

Bom, o aspecto mais importante em A Saga de Surtur é notar a forma como Walter Simonson conseguiu destacar a mitologia nórdica misturando com magia no enredo desta aventura.

Também presenciamos a empolgante batalha dividida em vários lugares diferentes (Nova York, Asgard e deserto do Saara).

A presença de Loki é importante por querer se apoderar do trono, principalmente que para conseguir tal coisa. Utilizando a ambiciosa Lorelei que está apaixonada pelo herói e fará de tudo pra tê-lo ao seu lado.

A arte de Simonson consegue nos fazer viajar pela edição não só por causa de seus cenários detalhados. Destaco ainda os sentimentos de honra, nobreza e senso de dever que ficam evidentes a cada página lida.

Se você não conhecia está edição eis aqui a chance de poder conferir e se maravilhar nessa aventura inesquecível.

Fico por aqui.