Coleção DC 70 Anos – Última Parte

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Liga da Justiça – “Semente Estelar”

A quinta edição é dedicada a Liga e fiquei muito tentado a falar sobre “Um Novo Começo” que conta sobre a formação da equipe na fase cômica.

É uma história de início mesmo já mostrando os atritos entre Batman contra Guy Gardner (e principalmente todo aquele clima divertido que virou clássico).

Por mais que seja uma aventura importante decidi deixar de lado pra comentar “Semente Estelar” que tem roteiro de Grant Morrison & Mark Millar e ainda arte de Howard Porter.

Nela também temos o surgimento de uma outra formação numa fase bastante aclamada. O principal inimigo é aquela estrela do mar espacial ridícula que eu detesto, mas foi adaptada de uma maneira melhor.

Na trama, Starro está invadindo nosso planeta e o Flash foi o primeiro a sucumbir.

Enquanto isso no QG da Liga: Superman, Lanterna Verde (Kyle Rayner), Mulher-Maravilha, Aquaman, Caçador de Marte e Batman discutem em como abordar a situação.

De repente, o Espectro (Jim Corrigan) se intromete proibindo a equipe de tentar impedir a invasão.

Apesar do sério problema os heróis decidem ir pra Blue Valley. Então Corrigan mostra um futuro apocalíptico com a Liga da Justiça dominada pelo vilão e conquistando todos os lugares do universo.

Mesmo sabendo do alto risco a equipe age, mas sem poderes (como sempre Batman é seu maior triunfo).

Bom, é chover no molhado comentar que o Morcegão usando sua astúcia consegue ludibriar o inimigo.

Pelo que citei acima ficou óbvio que “Semente Estelar” chamou minha atenção, porque ao saberem do problema que desencadearia ao perder a equipe decidiu ir de encontro do perigo.

E pra piorar combatendo sem poder algum um inimigo praticamente imbatível. Essa fase dos roteiros de Grant Morrison é muito bem comentada na web.

A melhor parte é a arte de Howard Porter que de maneira sutil nos apresenta uma história prazerosa e eficiente.

O que me deixou de bobeira com essa aventura foi que resolveram ajudar de qualquer jeito sem se importar com a vida deles. O Espectro é sinistro, pois age apenas conforme seus interesses tomando decisões importantes e assustadoras.

Só pra constar, na edição Os Melhores do Mundo # 26 temos uma continuação direta desta aventura.

“A Coisa” com arte de Porter e roteiro de Morrison mostrando a Liga se unindo com Sandman pra derrotar Starro (tendo que dormir pra agir no mundo dos sonhos).

Tudo estaria perdido se não fosse por Michael Haney, pois sua ajuda foi fundamental pros heróis vencerem.

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Batman – “O Preferido”

A sexta e última edição é dedicada ao Homem-Morcego foi a pior e mais difícil pra escolher apenas uma história (e não é só porque o Morcegão é um dos meus heróis preferidos).

Numa lista que apresenta: “O Batman que Ninguém Conhece”, “A Morte chega a Meia-Noite e Três”, “Procurado Papai Noel… Vivo ou Morto!”, “A Noite do Caçador”, “24 Horas” entre outras pérolas.

Fiquei com “O Preferido” com roteiro de Mark Millar e desenhos e Steve Yeowell.

O Cruzado Embuçado está numa caçada feroz tentando pegar uma gangue especializada em arrombar mansões dos ricos.

Depois ficamos sabendo que algo muito importante havia sido levado da Mansão Wayne.

O comportamento implacável do herói na busca por informações sobre o paradeiro dos ladrões é muito violento (beirando a insanidade).

Durante sua empreitada Bruce deixou até de dormir pra conseguir seu intento.

A gangue se autointitulava “Peças de Xadrez” e uma denúncia anônima havia entregue seu esconderijo secreto.

A situação se complicou, porque o Chefe Yeats, da equipe da Swat pensando apenas em ganhar fama (deixou os bandidos fazerem reféns).

Obviamente o Cruzado de Capa foi pro local agindo de forma eficaz contra a bandidagem.

É só no final que compreendemos o motivo pelo qual Bruce fazia questão de encontrar a gangue. O objeto que havia sido roubado de sua casa foi um trenzinho de brinquedo.

O último presente que seus pais haviam lhe dado antes de serem assassinados.

Sendo exatamente aí que o roteiro de Mark Millar me surpreendeu. Vemos Bruce correndo pela cidade numa fúria desenfreada pra encontrar uma parte importante de seu passado (ouso até afirmar de sua inocência perdida e feliz).

Na penúltima parte temos Wayne ajoelhado por entre o brinquedo. A cena é de uma tristeza tão grande e ao mesmo tempo tão poética que ficou guardada em minha memória por um longo tempo.

Confesso que a arte de Steve Yeowell não ficou muito legal, mas devido a densidade do roteiro podemos deixar esse aspecto de lado.

Só pra constar, essa história de brinquedo do Morcegóide me lembrou de outra que li no gibi Liga da Justiça Sem Limites # 5.

Temos, “Liga da Justiça: Feliz Natal Fatal” com roteiro de Mike McAvennie e arte de Sanford Greene.

Na trama como diz o título estamos na época natalina e a Liga enfrenta o Cara de Barro que estava disfarçado de Papai Noel. Só que o Flash pensando em agir rápido acaba atrapalhando a missão.

Após aquela burrada, Batman lhe dá uma sermão e lhe incumbe o trabalho de procurar um dos integrantes do bando que fugiu.

É claro que Wally ficou chateado (por causa da seriadade do Morcegão), mas o Vingador Fantasma surge mostrando-lhe alguns fatos de natais passados do Morcegão.

Algo do tipo Um Conto de Natal do Ebenezer Scrooge ambos recuaram no passado do pequeno Bruce Wayne descobrindo qual era o seu brinquedo favorito.

Quando era menino tanto Bruce quanto Clark gostavam do Fantasma Cinzento. A cena da confraternização dos pais de Kent com Batman foi constrangedora.

Bom, resumindo Wally prendeu o bandido que restava e como era época de natal (resolveu presentear Wayne com seu brinquedo favorito).

Pra ser sincero, “Liga da Justiça: Feliz Natal Fatal” não é lá grandes coisas, porém esses acontecimentos no passado de BW ajudam e muito pra ficarmos sabendo quem era e no que se tornou.

Fechando, na Coleção DC 70 Anos tive que deixar várias aventuras de lado, no entanto escolhi aquelas que tiveram um significado maior na minha leitura.

Espero que tenham gostado e relembre aqui do texto anterior.